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02 novembro, 2011

Da viagem e impressões gerais.

Alguns dias antes de viajar, eu fui parar no pronto socorro por duas vezes, por conta de uma dor horrível na face, além de dores no corpo, tosse e febre. Recebi diagnóstico de sinusite, fiquei afastada do trabalho por um dia e no outro, crendo já estar melhor, trabalhei. Aprendi que quando a gente está doente, não adianta querer bancar o trabalhador ideal, o funcionário público exemplar que vai defender uma classe inteira, porque não adianta haha... fui para o PS de novo, com pioras consideráveis, já que além de ter piorado a tosse, eu fiquei praticamente sem voz. Voltei e fiquei mais um dia afastada, com o rosto inchado, muita dor, enfim... foi assim que eu fiz minhas malas, foi assim que eu corri atrás dos últimos detalhes da viagem, e foi assim que eu viajei. Levei uma farmácia inteira comigo, mas tá valendo!
Não é de hoje que o ar condicionado é meu inimigo e a gente não se suporta, então no avião eu já comecei a pagar os pecados, nunca sofri tanto numa viagem. 
Mas eu sou guerreira! A gente sabe o quanto precisa de férias, o quanto merece aproveitar quando consegue viajar, e curti ao máximo. Visitamos muitos lugares, conhecemos um povo amável que adora o Brasil, um dos taxistas falou que tem verdadeiro fascínio pelo nosso país e que já esteve aqui duas vezes e virá novamente em 2014 haha... 
Mas, por exemplo, meu nariz descascou inteiro... eu parecia uma cobra mudando de pele (para quem não sabe, elas mudam de pele de tempos em tempos haha), com o rosto manchado, muita tosse, rouquidão, e isso quando não ficava praticamente sem voz. E, pior das dores de um comilão: eu não conseguia sentir gosto nenhum!!! Oh Pai, porque faz isso comigo?!? Haha... estar num lugar famoso por seus cafés, e não sentir nem um gostinho? Mas nem vou me queixar muito, já que alguns poucos sabores eu consegui sentir com o passar dos dias, e quando fomos ao Andrés Carne de Res, eu consegui sentir o gosto da limonada e da carne. Depois piorou, depois melhorou de novo. De sorte que quem sabe responder mais sobre a comida da Colombia é o meu marido, que deixou pra arrumar uma gripe só na volta.
Mesmo com estes percalços, eu me divertid demais. Eu me entrego mesmo quando viajo e desta vez não seria diferente. A gente sai do hotel cedo, e volta só à noite, e raramente paramos pra descansar #mochilaofeelings haha. Acho que nem me dou conta do quanto eu caminho pra lá e pra cá, até chegar ao hotel e colocar as pernocas pra descansar. É nesta hora que a dor na panturrilha denuncia os excessos, mas esta andança também queima muitas calorias. Só posso dizer que fui feliz! Os colombianos no geral são muito amáveis!
Outra coisa que aconteceu: no domingo, estavam acontecendo as eleições para as Alcadías (Prefeituras), e a gente só ficou sabendo disso quando chegou lá. Ficamos preocupados, pois a nossa viagem era demasiado  curta, nossa agenda já estava apertada e cheia, então tudo o que a gente não precisava era de um feriado no meio. Algumas pessoas falaram que tudo estaria fechado, que não teríamos muita opção de lugares para visitar, mas na verdade o que fechou foram os museus e parte do comércio. Sorte a gente não ter confiado somente nas informações que nos deram,  procuramos informação direto nos lugares, e aí ficamos mais tranquilos, ainda mais depois de descobrir que o Monserrate estaria aberto para visitação, e somente o acesso por teleférico estaria fechado. Não é problema, visto que ainda pode-se subir de funicular, um tipo de bondinho que é também puxado por cabos morro acima. Por aquilo que conversamos com os taxistas (os táxis lá são baratos demais rs),  o voto não é obrigatório, e eles também se queixam muito da corrupção. 
Lá, a Polícia é muito presente nas ruas. Não teve um lugar que visitamos que não estivesse cheio de guardas, policiais ou mesmo soldados do Exército, todos armados. E não estou falando de revólver não. No começo a gente estranha, mas me senti incrivelmente segura. Quando você chega a prédios importantes, como os museus e o Palácio de Nariño, os guardas pedem para revistar bolsas e mochilas, mas tudo é muito tranquilo e eles são muito organizados. Vimos algumas pichações do tipo 'Menos Polícia, mais Educação' em alguns muros e construções, e me perguntei o que eles fariam se, além de não ter uma Educação do agrado, ainda não tivessem policiamento intenso nas ruas. Opa, isso te lembra algum lugar? Sabe de alguém que tem de hipotecar a alma todo mês pra pagar a escola do filho e ainda não é digno de sair com uma bolsa melhorzinha na rua, sem medo de ser assaltado? Abapha, mas acho que já vi isso em algum lugar.
O fato é que, até alguns anos atrás, Bogotá era uma cidade muito perigosa, dominada pelas Farc's. O que o Poder fez, foi basicamente, desbaratinar quadrilhas, encurralá-las para o interior do país, e deixar Bogotá mais arrumadinha para receber os turistas. Ninguém é trouxa, todo mundo sabe que o turismo move zilhões de dinheiros e bordoégas mundo afora, e que vale a pena investir nisso. Não sei como é o interior do país, deve ter muitos problemas e não vou me arriscar a falar do que eu não sei. E pra falar deste assunto eu precisaria de um embasamento maior, e isso só um colombiano ou alguém que viva lá a mais tempo saberia dizer. Mas você ter segurança pra circular pelas ruas da capital já é alguma coisa, né?
Outra coisa que eu vi e que me chamou muito a atenção... as ruas são limpas, no geral. Claro, vai ter uma sujeirinha aqui e outra ali, mas nada comparado ao centro de Campinas, que quando chove faz a gente colocar as galochas no topo da lista das próximas compras, pra não ter contato com aquela contaminação toda. Ergh! Blergh!
Os parques, eu observei que eram muito bem cuidados. Com excessão, talvez, da Plaza de Bolivar, que só não tem mais pomba do que caca de pomba. Mas a gente perdoa os bichinhos, afinal, as de Veneza também devem fazer cocô e lá todo mundo quer fazer foto com elas e ainda acha o máximo haha... esta praça é muito antiga, cheia de gente vendendo milho para dar aos pombos, e com alguns pedintes também. Eu nem gosto de pomba, mas adorei que elas vieram comer na minha mão :-)
E, sorte maior de todas: praticamente não choveu nos dias em que estivemos lá! Uma chuvinha aqui, outra ali, e pra entrar no Centro Comercial Andino, o shopping top de lá, nos ofereceram uma sacolinha pra guardar o guarda-chuva, já na chegada. Legal, né? Assim não precisa deixar aquele rastro de água atrás da gente!
Acho que é isso, conforme eu for lembrando eu vou escrevendo mais coisas aqui. Quando minha irmã e eu criamos este blog, não era sobre um assunto específico, e até hoje não é. E isso me empolga, posso escrever sobre o que eu quiser aqui :-)))

Beijos e vejo vocês nos comentários!

Um comentário:

  1. E eu me empolgo muito em ler :D dou gargalhadas altas aqui, aliás, dei váááárias lendo esse texto... UNF, agora me deu vontade de ir pra lá também, hehehehe

    Mas é isso aí Taiza, não podemos nos entregar fácil assim... viajar não é facil e não é sempre, e temos que aproveitar enquanto somos jovens (jovens = conseguimos caminhar E não usamos fraldas, pois essa situação realmente me faria pensar que viajar e ficar batendo perna não seria uma boa idéia) para nos divertir!
    Aliás, meus parabéns ao teu marrrrido por te acompanhar né, não é todo homem que aguenta bater perna com gente que nem nós (desculpa, mas tenho a impressão que se fossemos fazer campeonato de bater perna, eu e vc terminaríamos empatadas :D)...
    Parabéns pelo esforço, e melhoras por aí, que eu acabei de gastar com remédio, não to afim de gastar com mais remédios quando for te visitar, hahahahahahaha bjo

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