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26 outubro, 2015

Um breve relato: San Francisco - CA /2015


Oi pessoal, tudo bem?
Vim compartilhar com vocês a minha experiência de 8 dias em San Francisco. Primeiro, porque eu amo escrever e falar sobre viagens, mesmo viajando tão pouco. E também porque peguei muita informação e acho justo retribuir. Esta foi também a minha viagem sozinha (o marido não pode me acompanhar), e teve muito significado pra mim: aprendi que mesmo os mais perdidos conseguem se achar quanto há vontade/necessidade envolvidas. Eu tinha uma quantidade razoável de dólar comprado, que sobrou de outra viagem, o que amaciou a crueldade do dólar a 4,20. E ainda por cima, veio Murphy esfregando sua lei no meu nariz, e com uma pá de cal na minha cabeça pra mostrar quinhé que manda: foi só chegar lá que o dólar baixou pra R$ 3,70.

Vôo: Consegui uma promoção da American Airlines. Não, não foi o bug das passagens por R$ 400,00, mas foi um preço razoável. Não tive correrias nem na ida e nem na volta, pois foram escalas de mais de 3 horas e meia em LA. Chegada e saída do aeroporto GRU – SP. O vôo de ida atrasou: saída programada às 22:00 horas, mas só saiu às 5 da manhã do outro dia. A AA resolveu tudo e nos encaminhou a um hotel ótimo, acho que nunca fiquei num quarto tão luxuoso antes, e enviou ônibus para buscar os passageiros. Ofereceu também voucher de refeição, e táxi se precisasse. E eu ainda cheguei mais cedo em San Francisco do que se tivesse pego o vôo normal.

Hospedagem: com o dólar nas alturas, e com o precinho das hospedagens em SF, achei de grande valia ficar em hostel. Nunca tinha ficado, então a escolha foi basicamente pela localização, sempre levando muito em conta relatos de quem já se hospedou lá. Fechei com o HI Downtown e pra mim foi perfeito. Não sei se existe uma opção melhor em SF em termos de hostel, mas este fica bem próximo de muitas conveniências pra quem quer fazer compras (Ross, Marshall’s, Target, Macy's, Uniqlo, etc), comer bem (SoMa ou South of Market e redondezas), ou pegar transporte público. Se eu, que sou conhecida por me perder até em garagem de prédio pequeno, consegui me achar, pode ter certeza de que você irá sobreviver. Além disso, achei o pessoal do hostel ótimo e muito organizado, souberam me informar tudo o que precisei, inclusive tinham alicate pra abrir os cadeados das malas no dia em que perdi as chave. Fiquei em um quarto compartilhado feminino com banheiro privativo e não tenho queixas. No espaço embaixo da cama cabe uma mala média, se você for com mais de uma mala, eu aconselho a levar alguma coisa tipo uma correntinha pra prender a mala com cadeado. No quarto em que fiquei não havia o lock pequeno para documentos e não há este tipo de serviço na portaria (cofre, etc), mas achei tudo muito tranquilo e passando o cadeado não há problema algum. Prós de ficar em quarto compartilhado: ganhei uma amiga e coloquei o spoken english pra funcionar. Contras: dividir quarto e banheiro. A cozinha é muito bem equipada e tem café da manhã, que não é variado, mas perfeitamente aceitável pelo preço e levando em conta o quanto a nossa moeda está desvalorizada. E sempre tem café quente, o que pra mim é bem importante! Você pode, ainda, comprar suas coisas e deixar com etiquetas para cozinhar ou incrementar o café da manhã, ou tomar café fora, como fiz várias vezes. Ao lado do hostel tem uma unidade da Lori's, e muito perto vi outras opções, incluindo um Starbucks.
 
Na Market St, pertinho da estação Powell-Market.

Locomoção: andei três quadras até a estação Powell-Market e, do lado de fora dela, bem na frente de quem desce a escada rolante, tem um centro de informação ao turista. Lá, paguei $35 pelo transporte ilimitado para 7 dias, e mais um informativo bem útil sobre a cidade. Quando você paga, ganha este cartãozinho ali embaixo, e é preciso raspar com a unha ou uma moeda o mês e os 7 dias consecutivos em que o cartão será usado. A menos que vc compre menos dias, aí raspa menos dias, obviamente. Atenção: o Centro de Informação abre às 9 a.m.
Na Powell St., do lado da estação, é o ponto de saída dos bondinhos (cable-cars), cujo passe está incluso neste cartão que acabei de mencionar. Nesta estação, é possível ver a manobra dos bondinhos, o que é bem interessante, já que a força que gira o bonde é a do motorista e de seu ajudante. Na Market St., a avenida grande e movimentada que intercepta a Powell, passa a linha F dos ônibus elétricos, que percorre boa parte da Market e até o Fisherman’s Wharf, passando pelo Ferry Building, e pelos Piers, inclusive o 33, de onde saem os cruzeiros para Alcatraz.
Segurança: li muita coisa, mas uma amiga que mora lá e conhece a cidade há muitos anos me tranquilizou muito. A cidade é tranquila e completamente possível explora-la sozinha, me senti muito mais segura no centro de SF, a milhares de km de casa, do que aqui andando sozinha no centro da minha cidade.
Compras: Com o dólar nas alturas, porém, não achei a cidade interessante para compras, o que eu comprei foi no Wallmart que fica fora da cidade, aí achei que algumas coisas compensaram.Eu gosto de comprar algumas coisas em algumas lojas específicas, tipo Banana Republic (gosto muito das roupas de lá, combinam comigo), Uniqlo (amo),  Sur Le Table (coisas para casa) e coisas de supermercado municipal. Isso, claro, sem deixar de garantir as passadinhas na farmácia e supermercados e também nas lojas baratas, tipo Marshall's, Ross, Target. Fiz bons achados lá, mas consomem um tempo razoável. 
Passeios: fiquei 8 dias, já descontadas as chegadas e saídas. Eu gosto bastante de ficar o máximo que eu puder numa cidade só, não curto a idéia de ficar dois dias em cada cidade, nunca fiz e provavelmente não farei no que depender de mim, é claro. O esquema dos ônibus é bem intuitivo e fácil de entender. Descontei um dia para um passeio no Big Sur, como eu gosto muito de visitar supermercados e farmácias nos lugares que visito, pude gastar um bom tempo checando estas coisas. Mas se você não gosta, ótimo também, porque vai ganhar ainda mais tempo! San Francisco é uma cidade que tem muito pra oferecer, e muitos homeless nas ruas. Os da região em que fiquei hospedada não me ofereceram perigo, mas eu costumava estar às 20 horas no hostel se estivesse sozinha. Nos dias em que estiquei mais no jantar e precisei voltar, estava há poucas quadras de distância e também não tive problemas. Depois de NY, eu adotei uma política bem radical de relacionamento interpessoal em viagens: fico bem ligada sempre pra ver se a pessoa é daqueles  cri-cris que vão implicar com tudo (acredite, no primeiro mundo tem disso e muito), e também passo longe dos doidinhos. Não é preconceito, é autopreservação! Se você me acha chata ou pensa que julgo o livro pela capa, pega um desses e leva pra cuidar em casa, você vai ver que delícia que é rs. Minha tática funcionou muito bem, obrigada! Eu sigo o meu caminho, desvio dos malucos e não olho pra trás!

Estou organizando um post com dicas de relevo, digo, de locomoção na cidade. Preciso ver mapas pra entender as coisas e vai que tem gente igual a mim perdida por aí né? Então fiz até  com figurinhas rs. Depois compartilho com vocês. Obrigada a todos e espero ter ajudado em algo :-)
San Francisco é linda, é especial, e vale muito a pena! Bjs!