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19 outubro, 2011

1808 e 1822 - nunca julgue um livro pela capa (ou pelo título)

Olá!

Hoje eu quero dividir uma dica de leitura, e esta vai pra quem gosta de História. Na verdade, não é só pra quem gosta, qualquer pessoa pode desfrutar uma boa leitura e, no melhor estilo 'descansando enquanto carrega pedras', aprender sobre o nosso país, não? E trata-se de dois livros: 1808 e 1822, de Laurentino Gomes.
Minha irmã, que é estudante de Letras, me indicou esta leitura, pois meu marido e eu gostamos muito de História e afins, e a leitura foi uma grata surpresa. A gente já tinha adquirido o livro 1808 quando soubemos que o autor estaria na Saraiva para o lançamento do segundo livro em uma noite de autógrafos / bate papo com os fãs e leitores. Quando soubemos disso, não perdemos tempo, compramos mais dois exemplares do 1822 (um foi presente pra minha irmã) e corremos para o evento, que foi bem legal!
A narrativa trata de acontecimentos reais, frutos de muita pesquisa, porém fugindo da linguagem rebuscada e, muitas vezes, complicada, que os livros do gênero usam, e por isso nos facilita a leitura. Ambos os livros são grossos (1808 tem 346 páginas e o 1822, tem 327), mas a leitura flui muito e rende, posso dizer que é o livro de História mais agradável que eu já li na vida. Incrível o autor saber tanto, pesquisar tanto, e ao mesmo tempo conseguir transcrever de forma a atingir o maior público possível. Talvez pelo fato de ele ser jornalista, consiga passar as informações de um jeito que a gente entenda já na primeira leitura, sem a necessidade de um dicionário por perto. E sem falar que o livro tem trechos cômicos: em algumas partes da leitura, acho que eu tinha até um sorriso bobo no rosto (imaginem a cena da doida lendo e dando risadinha), parece que a narração nos transporta ao século passado, e conseguimos entender praticamente tudo e até 'fazer um esboço mental' de como seria a vida naquela época. Eu me surpreendo soltando a imaginação durate as leituras...  

Aqui, as informações que vêm nas capas de cada um dos livros:
1808 - Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil.

Pergunta: identificamos, ou conhecemos, ou vemos na mídia algo que nos lembre a tal 'corte corrupta' ? 
Não, não precisam responder. É retórica. 

1822 - Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram D. Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado.

O primeiro fala da vinda da família real para o Brasil, e até da viagem em alto mar, e narra sobre alguns eventos e personagens de alguns países da Europa, e o segundo pincela estes assuntos mais de leve, e se foca nos eventos nacionais da nossa Nação Tupiniquim.

Pergunta: Se tinha tudo pra dar errado desde o início, pode-se até dizer que, aos trancos e barrancos, a coisa foi se encaminhando do jeito que deu, não? Até dá pra imaginar como as coisas estão do jeito que estão, pra mim, pelo menos, ficou muito mais claro de pois desta leitura.

Abaixo, um trecho do primeiro livro, que fala de um costume específico de D. João. Quem quiser saber do que se trata, vai precisar ler o livro, não vou estragar a surpresa haha...

'Cumprida esta etapa, D. João retomava o passeio, até chegar a hora da merenda. Além da comida guardada no alforje do moço de cavalariça, o rei levava também um estoque extra de galinhas assadas e deossadas. Guardava os pedaços na algibeira do seu casacão encardido e ia comendo enquanto contemplava a paisagem ou parava para conversar com as pessoas que o saudavam  pelo caminho (...)'

Dá pra ter uma idéia da leitura, né?
Eu adorei! Não dispenso informações históricas e gosto muito de ler, apesar de achar que a minha memória está cada vez pior, já que, normalmente, eu termino de ler um livro hoje e na semana que vem provavelmente não lembrarei de muitos de talhes; depois de três meses, é provável que eu não lembre nem dos nomes das figuras principais, mas consigo dizer sobre o que era o livro. Meu marido é um leitor mais ávido e eu acho que tem mais facilidade para lembrar dos detalhes. Em nossas viagens, eu curto demais visitar os lugares ditos 'históricos', fico até emocionada (por dentro, claro haha) de pisar num solo onde tanta gente já pisou, por tantos anos, carregando e construindo a história do lugar e, muitas vezes, influenciando a de outros lugares também.

Alguém já leu? Gostou?

Vai lá nos comentários ;-)

Beijos!

2 comentários:

  1. Ixi minha rainha... não é só você que fica com sorriso não... Eu sorrio, gargalho, choro... sou um poço de emoções nos meus livros... Entro mesmo na história... tenho raiva dos personagens, me apaixono e tudo!!! E olha, já que vc gosta de história, nao sei se voce conhece uma coleção do Bernard Cornwell: "As Aventuras de Sharpe", trata sobre as guerras na época de Napoleão e essas coisas... Eu também esqueço de tudo assim que fecho o livro (basicamente), mas a gente nunca esquece o sentimento ao lê-lo, não é?!

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