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21 maio, 2016

Intercâmbio de um mês em Toronto: Parte 1



Num mundo ideal, eu viajaria com tudo pago e escreveria relatos sobre viagens, com dicas, comparativos, e etc. No mundo real, eu só escrevo uma vez por ano, e nem sempre sobre a viagem que eu fiz. Neste caso, por exemplo, faço um relato do intercâmbio do meu marido em Toronto, hehe!
Por que o Canadá? Primeiro, porque temos vontade de conhecer melhor o país  que é apontado como uma das melhores sociedades para se viver. Depois, e não menos importante (haha!) consideramos o câmbio favorável à nossa moeda se comparado ao dólar americano, o que contribui, inclusive, para que o curso no Canadá seja mais barato. E terceiro: o inglês do Canadá é mais indicado por ter menos gírias e menos sotaque do que o americano.


Queen St., uma das ruas mais famosas de Toronto
Bem, preciso relatar que somos pessoas assalariadas que trabalham o mês inteiro para pagar as contas e realizar alguns projetos, e então fizemos como tantas outras pessoas na mesma situação: a viagem foi planejada para coincidir exatamente para o período de férias, sendo que o meu marido chegou em Toronto no dia 12/03 e o retorno foi exatamente um mês depois, no dia 12/04, e o retornou ao trabalho no dia seguinte.
Com a necessidade de conciliar todos os compromissos do trabalho com a viagem, as passagens foram compradas com menos de um mês de antecedência e, tendo em vista a diferença elevada de preços dos vôos diretos para Toronto (só uma empresa faz vôo direto), optamos por um vôo com escala, que poderia ser em várias cidades dos EUA, dependendo da cia aérea. Sempre deve-se tomar o cuidado de não fazer escalas muito apertadas (o pessoal experiente aconselha um  mínimo de 3 horas), sob o risco de perder a conexão e passar aperto e dor de cabeça longe de casa. Isso foi dica de vários blogs e pessoas que viajam muito, e seguimos à risca, optando por escala em NY (JFK) tanto na ida, com mais de três horas de escala, e na volta, com mais de oito horas, no mesmo aeroporto. Graças a esta escala mais longa na volta, meu marido conseguiu passear por algumas poucas horas em Manhattan, ver as cerejeiras em flor no Central Park, e ainda chegar no aeroporto com tempo de sobra pra evitar transtornos. O trânsito das malas foi bem parecido com o da minha viagem pra SF: na ida, retirou as malas e passou pela imigracão, despachando-as novamente em seguida rumo a Toronto. Na volta, as malas foram encaminhadas automaticamente ao destino final, sem precisar de qualquer interferência por parte dos passageiros. Bem simples, mas é sempre bom perguntar, pois pode haver alteração.
Nós fizemos várias pesquisas sobre escolas de inglês em Toronto, meu marido fez varias cotações, e achou melhor fechar por conta. Por algumas questões, ele conseguiu fechar o curso de inglês com menos dez dias de antecedência, o que rendeu alguma preocupação extra: com a demora para compensar o dinheiro no Canadá, ele recebeu o endereço da casa onde ficaria um dia antes da viagem. Isso confirma mais uma vez a teoria da minha irma de que as coisas não são assim tao rápidas por la. Tem suas burocracias, como qualquer lugar no mundo e foi pura emoção pra gente, believe me. Não deixe para fechar negocio na ultima hora e a chance de ter problemas ira diminuir.
O Fernando fez o curso na KGIC (King George International College) e um dos pontos que contou a favor foi que eles aceitam alunos novos todas as segundas-feiras, o que seria muito apropriado caso ele precisasse adiar o curso por alguns dias. O ponto contra é queneste método, você não entra em turma nova: é feito um teste de nivelamento e o aluno é encaixado numa turma que já existe. As turmas novas começam na primeira segunda-feira do mês, o que com certeza é bom para quem tem mais de um mês para fazer o intercâmbio. Por sorte (para quem precisa fazer imersão no idioma, óbvio), não tinha brasileiros na turma. Isso obriga a pessoa a se virar com o que sabe desde o início, sem aquele perigo de achar outro compatriota e falar a língua do país de origem porque é mais fácil.

Skyline de Toronto, visto a partir da Toronto Island.

Aproveitando o ensejo, falarei sobre o  visto canadense – e esse assunto renderia um livro. Temos passaporte com vencimento em outubro de 2016 e o visto estava nele. Achamos perigoso viajar com um passaporte com menos de seis meses de validade e meu marido fez outro, e foi aí que veio o susto, com menos de quinze dias uteis do embarque dele: li por aí que não poderia entrar no país portando dois passaportes se o visto canadense estivesse no antigo, já que ao emitir um novo passaporte o anterior é automaticamente cancelado e o visto canadense vence junto com o passaporte. Meu marido mandou e-mails para os consulados do Canadá nos EUA e no BR, recebendo informações discrepantes. Os despachantes também davam informações desencontradas. O telefone do consulado canadense no BR é basicamente ‘feito’ de mensagens gravadas e (adivinha!) não fornecia esta informação. Meu marido arriscou e se dirigiu até o consulado em SP e lá obteve, através da recepcionista do prédio, a informação de que ele poderia entrar no Canadá sem problemas, com a papelada do jeito que estava. Por precaução, meu marido imprimiu e-mails do consulado e levou com ele na viagem caso tivesse problemas. Essa parte foi uma angustia bem grande e não gosto nem de lembrar. Enfim, deu tudo certo e passou pela imigração sem chateação. Mas é bom ficar de olho porque a lei pode mudar, e surgir uma nova resolução. É o que a gente sempre fala: o interessado que corra atrás. Embora seja um costume de muitos brasileiros deixar tudo para os outros resolverem, ou não buscar informação, é uma cilada achar que as coisas ‘caminharão’ sozinhas ou que algum órgão do governo resolverá as coisas por você.
Por fim, vale dizer que há muitos lugares no Canadá para se estudar inglês. Para nós, era importante conhecer Toronto num primeiro momento, mas Vancouver esteve na lista por um tempo e rolou orçamento pra estudar lá também. O único cuidado é atentar-se para o fato de ficar na parte inglesa do Canadá, se a intenção é estudar inglês. E claro, não esquecer que o Canadá é uma país gigante, com o inverno bem diferente do nosso, e levar em conta a logística, seus principais interesses por lá e o que você quer ver. Profissionais da área de TI tendem a ficar em Toronto ou Vancouver, mas há outras cidades lindíssimas para serem visitadas por lá. Se eu pudesse escolher pela beleza da região, certamente ficaria em British Columbia! Vale pesquisar o que é importante e fazer a escolha com base nisso!

No próximo capítulo, vou falar de estadia, custo x benefício de quem escolhe a modalidade home stay, transporte e os primeiros dias de aula por lá! Espero que tenham gostado, se quiserem saber algo mais pontual podem deixar nos comentários ou chamar inbox.
Até breve!